Universidade de Coimbra Alta e Sofia — Candidatura a património mundial
Biblioteca Geral
De acordo com a estética adoptada para a Cidade Universitária de Coimbra, o edifício, agora transformado em Biblioteca Geral, recebeu uma feição estilística monumental e classicista, com vincada austeridade e rigidez, aproximando-se estilisticamente da fronteira Faculdade de Letras.
Caracterização artística e arquitetónica
De acordo com a estética adoptada para a Cidade Universitária de Coimbra, o edifício, agora transformado em Biblioteca Geral, recebeu uma feição estilística monumental e classicista, com vincada austeridade e rigidez, aproximando-se estilisticamente da fronteira Faculdade de Letras.
A uniformidade conferida pela utilização de múltiplas pilastras e pela disposição repetitiva das janelas, mais acentuada na fachada principal, foi atenuada com a colocação de dois grupos escultóricos nas extremidades da frontaria, da autoria de António Duarte e assentes em 1951.
Entre estes conjuntos e a entrada principal, constituída por três amplas portas, foram colocados seis baixos-relevos alegóricos executados pelo artista Angélico, e que representam a Biologia, a Física e a Matemática, no flanco esquerdo, e a Gramática, a Lógica e a Ética, no direito.
No interior da sala de leitura ergue-se o painel de faiança policromada, executado em 1955 por Jorge Barradas, evocando as alegorias intimamente ligadas à instituição universitária e alguns protagonistas da história de Coimbra.
Proposta de Intervenção
O edifício da Biblioteca Geral, construído em meados do século XX, não sofreu quaisquer acções de reabilitação ou requalificações profundas desde a sua inauguração e abertura ao público.
Mantendo a função para a qual foi projectado, a intervenção proposta visa essencialmente a sua reabilitação de modo a melhorar o desempenho funcional e energético do edifício.
Serão objecto de desconstrução todos os elementos espúrios e descaracterizadores da integridade tipológica do edifício. Deverão ser eliminadas, por questões ligadas à segurança de funcionários e utentes, todas as barreiras arquitectónicas e outras, que actualmente existem em espaços de circulação.
Os equipamentos e infra-estruturas de carácter técnico deverão sofrer operação de modernização e adaptação, com carácter de conjunto, visando a optimização de funcionamentos das diversas redes e a sua compatibilidade com a estrutura edificada.