Universidade de Coimbra Alta e Sofia — Candidatura a património mundial
Colégio de N. Sra. da Graça
Em 1543 era lançada a primeira pedra do vasto complexo colegial, com projecto de Diogo de Castilho.
Caracterização artística e arquitetónica
Em 1543 era lançada a primeira pedra do vasto complexo colegial, com projecto de Diogo de Castilho.
O claustro era o ponto convergente de todo o edifício, o centro vital da comunidade estudantil. Edificado em dois períodos distintos, permitia a ligação aos dormitórios, refeitórios, espaços de estudo e ao templo.
De forte configuração clássica, a igreja apresenta planta longitudinal, com nave única ladeada de capelas laterais intercomunicantes.
Entre 1828 e 1834, serviu de hospital ao serviço das tropas absolutistas. Após o encerramento ditado pela extinção das Ordens Religiosas em 1834, seria nacionalizado e incorporado na Fazenda Nacional.
Na posse da Câmara Municipal de Coimbra, o Colégio da Graça foi em 1836 cedido para aquartelamento militar, uma instituição de assistência social e outras repartições públicas. Extinto o Quartel da Graça de Coimbra, em 1998, as instalações acabariam por ser entregues à Liga dos Combatentes e a alguns serviços sociais e administrativos do Exército.
Proposta de Intervenção
O regresso da Universidade de Coimbra à Rua da Sofia fica marcado pela reocupação do Colégio da Nossa Senhora da Graça, primeiro através da aquisição de parte da ala do antigo dormitório e depois pela perspectiva de ocupar a restante totalidade do edifício e da cerca, até então pertencentes ao Ministério da Defesa Nacional, ficando apenas excluídos os espaços actualmente afectos ao culto, geridos pela Irmandade do Senhor dos Passos.
Está prevista a instalação de duas unidades de investigação, o Centro de Documentação 25 de Abril e o Centro de Estudos Sociais, estando a decorrer as obras para o alojamento da primeira delas.
A cerca deverá ser objecto de intervenção paisagística, enquanto percurso de atravessamento e espaço de fruição.