Universidade de Coimbra Alta e Sofia — Candidatura a património mundial
Colégio de São Bento
O programa arquitectónico inicial, imbuído numa forte estética maneirista, materialiizou um volume rectangular, com amplo pátio
Caracterização artística e arquitetónica
O programa arquitectónico inicial, imbuído numa forte estética maneirista, materializou um volume rectangular, com amplo pátio e fachadas exteriores seccionadas em três panos horizontais nos quais se abrem fileiras de janelas simétricas. No topo, o entablamento é coroado com fogaréus, setecentistas, assentes em plintos, correspondentes a cada uma das pilastras existentes.
A partir da década de 1940 começaram a ser delineadas sucessivas campanhas de beneficiação no amplo complexo colegial, severamente adulterado pelos muitos ocupantes que albergou desde 1836, para receber condignamente os vários serviços e institutos universitários. Entre as principais obras destacam-se o arranjo do pátio principal e a beneficiação e uniformização de salas, corredores, átrios e escadas, nos quais foram aplicados revestimentos azulejares reproduzidos a partir de originais seiscentistas.
Atribuída a sua autoria ao arquitecto Baltazar Álvares, a igreja colegial acabaria por ser destruída em 1932, para permitir a abertura da Rua do Arco da Traição.
Proposta de Intervenção
O conjunto encontra-se em razoável estado de conservação.
A intervenção prevista passa pela clarificação das áreas de circulação e por acções de manutenção e/ou reabilitação da generalidade dos espaços, com vista à eliminação de eventuais elementos espúrios ou descaracterizadores da espacialidade do edifício e sobretudo, à adequação dos equipamentos e redes de infra-estruturas.
É proposta a revalorização dos espaços exteriores, nomeadamente os terraços a sudeste, onde continuará a funcionar a esplanada do bar, e o pátio interior, enquanto espaço de usufruto comum dos utilizadores do edifício.
Mantém-se, no fundamental, as utilizações actuais.