Universidade de Coimbra Alta e Sofia — Candidatura a património mundial
Colégio de S. Agostinho
Revelando uma arquitectura sóbria, o projecto terá sido delineado pelo arquitecto italiano Filippo Terzi, embora hoje seja contestada a sua total responsabilidade na execução do projecto.
Caracterização artística e arquitetónica
Revelando uma arquitectura sóbria, o projecto terá sido delineado pelo arquitecto italiano Filippo Terzi, embora hoje seja contestada a sua total responsabilidade na execução do projecto.
Após a entrega definitiva do vasto edifício à Santa Casa da Misericórdia e à Casa dos Expostos de Coimbra, em 1841, e face à avançada degradação do monumento e à necessidade de o adequar às suas novas funções, foram realizadas múltiplas campanhas de obras.
Em 1967, o complexo colegial sofreu um violento incêndio, deixando estragos evidentes nas secções ocupadas pelas crianças órfãs. As sucessivas obras de adaptação promovidas no edifício colegial foram descaracterizando, paulatinamente, o monumento. Entre as áreas mais preservadas destaca-se o claustro principal, e a capela do Colégio, localizada no flanco sul.
Constituído por dois pisos, o claustro apresenta um vocabulário de grande valor estético, como evidencia a ornamentação dórica no piso térreo, e a jónica no superior, interiormente decorados com mármores e revestimentos azulejares historiados setecentistas.
Proposta de Intervenção
O Colégio de Santo Agostinho é um edifício emblemático, com capacidade para proporcionar uma utilização enquanto centro logístico e o fórum físico para o intercâmbio cultural e a aprendizagem técnica.
O fim próximo da sua ocupação como Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, possibilita finalmente a intervenção que, fruto da análise histórica da sua ocupação nas diferentes fases, reorganize este extraordinário edifício e lhe devolva uma leitura global.
A proposta incide no desmonte das divisórias espúrias presentes em espaços como o antigo refeitório de Santo Agostinho, o antigo lavabo que dava acesso àquele, a antiga capela da Portaria e a sala de aulas onde hoje se localiza um bar. Será demolido o anfiteatro da Faculdade de Psicologia para readquirir o desafogo e luminosidade de outrora na zona norte do edifício, abrindo novamente o pátio.